28 de abril de 2015

Poetizando - Último Verso

Um turbilhão de temores invadindo o crosta terrestre
meu cabelo caindo ao chão enquanto viro de costas
chorando porque ao olhar para trás lá estão as derrotas
que um dia deixei passarem diante de meu mestre.

Vidas levadas e nascidas, dias que nunca voltarão,
reviver uma memória de perda enquanto alguém vive,
uma nova vida chegando para esquecer o que mantive
e uma brisa aconchegante invadindo minha alma de ancião.

Tão envelhecida, flácida como rugas de mortos,
vivendo na esperança de amores imperfeitos
e pessoas julgando para cair com seus malfeitos,
doces pessoas caídas em redemoinhos cinzentos.

A única razão para eu esconder essa identidade
é porque há um herói entre nós que respira,
sabe seus ideais para salvar essa cidade,
mas está tão velho quanto o pó que inspira.

Um medo do incomum chegando no horizonte,
aquele ácido ardente naquela pele flácida
o Sol se pondo no oeste e a vida caindo da ponte
esperando os dias acabarem naquela areia árida. 

Um vazio interior, pior que meus dias na prisão,
minha pela não é mais a mesma, realmente sinto
meus dias acabando, essa velhice em meu coração
e quando eles perguntam por onde andei eu minto.

Coração parando e meu olhos estão se fechando
não está entrando mais ar em meus pulmões 
e eu continuo aqui lutando sentada e rimando
porque meus versos não param nessas canções.


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